segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Não sou segunda opção e ninguém deveria aceitar ser...




Você diz: agora engrena. Agora vai! Ele está tão diferente, me escuta mais, se importa mais. Está bom assim desse jeito. Você se ilude, se entrega, esquece o que já se passou, mas ele ferra tudo de novo.
Comunicações truncadas são sempre o lema dessa relação. Ele não diz o que pensa não é verdade? Não se abre, vomita na sua cara tudo o que realmente sente. Não tem a coragem dizer independente do que seja: “Droga, eu não te amo”. “Desculpa, mas nunca senti nada por você, nunca mesmo. Você só foi alguém fácil quando eu estava carente, abandonado por quem eu realmente queria.” Ou pode até dizer: “Eu preciso assumir, eu te amo, mas não sei amar. Sinto vontade de fugir disso cada vez que tenho você, por puro medo”. Eu realmente não sei qual das opções eu posso ser, eu realmente não posso adivinhar. Não é ela que me importa, não é o seu passado que me interessa. O que importa é o que é nosso, seja o que for, mas o que construímos em dois. Se ele ao menos dissesse, tivesse o respeito de dizer exatamente o que ele sente, o que se passa pela cabeça dele, resolveria muitas coisas, tiraria uma grande interrogação da minha cabeça. Independente do que fosse, eu teria que achar uma solução e seguir meu caminho, de mãos dadas ou sozinha, mas dessa vez sem olhar pra trás.
Pior do que te abandonar, te dizer coisas horríveis, é o silêncio, o não se importar. A sensação de segunda opção é o que vai corroendo, é o que vai sempre minando o que antes estava bom, estava sereno, estava tranqüilo.
Se pudéssemos ao menos saber que o risco vai valer a pena no final, que esses tombos são maneiras da vida nos fazer enxergar quem realmente importa para nós, quem vem pra ficar. Se os erros fossem mesmo só para serem aprendidos, que para cada sofrimento haverá uma recompensa? Mas a cada vez que a história se repete, a cada vez que sou enganada por ele e pelo destino morre em mim um pouco dessa esperança, morre em mim a crença do “agora vai”. É muito pedir um time onde eu possa jogar de oficial sem ser só a reserva? É muito querer a garantia de que o jogo dessa vez vai até o fim? Afinal, já mostrei que sei jogar, oras...

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